A recente queda do nível do Rio Paraná acendeu o alerta entre exportadores da Argentina. A recuperação das chuvas no sul do Brasil é crucial, mas até agora, o déficit hídrico permanece. As chuvas trazidas pelo El Niño não foram suficientes para reverter a crise nas bacias dos rios Paraguai-Paraná e Uruguai, o que impacta diretamente as exportações da Argentina.
O Instituto Nacional da Água (INA) informou que o volume de chuvas no Alto Paraná é insuficiente para restaurar os níveis adequados de água. As barragens apresentam operação abaixo do normal, prejudicando a navegação fluvial. O impacto disso nas exportações da Argentina é notável, pois navios precisam completar suas cargas em outros portos, como no Brasil, o que eleva os custos logístico.
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Impacto nas Colheitas
A seca também afeta diretamente a produção agrícola. De acordo com estudos do INTA, as chuvas causadas pelo El Niño não foram suficientes para recuperar as reservas de água necessárias para a colheita 2023/24. A produção de arroz, fundamental para a economia de Entre Ríos, e outras culturas importantes, como milho e soja, estão em risco. Além disso, a escassez de água também prejudica a pecuária, comprometendo a produção de forragem.
Na Região Núcleo, que abrange Santa Fe e Buenos Aires, estima-se uma perda de 500.000 toneladas de trigo. A seca também ameaça a produção de milho e soja, fundamentais para o setor agroindustrial da Argentina.