O USDA revisou a produção de milho do Brasil para 130 milhões de toneladas em 2024/25. A mudança amplia a oferta global e pressiona os preços.
Segundo o relatório de maio, o volume foi elevado em 4 milhões de toneladas em relação à previsão anterior. O cenário positivo para o milho pode gerar novas quedas de preço no mercado interno.
Estoques devem cair no mundo, mas subir nos EUA
Para a temporada 2025/26, a produção no Brasil deve atingir 131 milhões de toneladas. Já a Argentina deve colher 53 milhões de toneladas de milho.
Apesar do bom desempenho da América do Sul, o balanço global deve ficar apertado. Os estoques finais devem recuar 3%, chegando a 278 milhões de toneladas.
Nos Estados Unidos, a produção de milho pode atingir 402 milhões de toneladas. Mesmo com aumento no consumo e nas exportações, os estoques devem crescer 27% até o fim de 2025/26.
Gripe aviária e exportações afetam mercado interno
Outro ponto de atenção é a gripe aviária detectada no Rio Grande do Sul. A situação pode reduzir a demanda por ração e afetar o mercado de milho no curto prazo.
Além disso, a previsão de 105 milhões de toneladas na segunda safra também pesa nas cotações. Mesmo com acordos entre China e EUA, o excesso de oferta interna tende a manter os preços pressionados.
