O mês de maio manteve o padrão de preços mais baixos para o boi gordo. O motivo foi a oferta elevada no mercado interno, segundo o Itaú BBA.
Mesmo com essa queda, as exportações de carne bovina seguiram fortes. Essa demanda internacional ajudou a manter a sustentação no mercado do boi gordo durante o período.
Cotações começam a reagir em junho
O indicador Cepea do boi gordo fechou maio com média de R$ 308,40 por arroba. Isso representou queda de 4,9% frente a abril.
No entanto, junho começou com recuperação. Os preços subiram do piso de R$ 301/@, registrado em 25 de maio, para R$ 314/@ no dia 16 de junho.
Além disso, os valores da carne bovina no atacado também subiram. Isso demonstra maior firmeza na demanda externa.
Exportações batem recorde e impulsionam o boi gordo
Em maio, o Brasil exportou 218 mil toneladas de carne bovina in natura. O aumento foi de 2,9% frente a maio de 2024.
No acumulado de 2025, os embarques cresceram 10,6% em relação ao ano anterior. O preço médio de exportação também subiu 3,4%, chegando a US$ 5.200 por tonelada.
China e Estados Unidos seguem como os principais destinos da carne bovina brasileira. O spread de exportação atingiu 9%, contra apenas 3% no mês anterior.
Mercado de reposição e abates
O preço do bezerro continua subindo. Em maio, a alta foi de 3,6%, com avanço também em junho.
No Mato Grosso do Sul, a arroba já se aproxima de R$ 3 mil por cabeça.
Nos abates, o cenário foi misto. Abril teve queda no número de animais abatidos, mas maio registrou alta.
No Mato Grosso, o abate de fêmeas subiu 3%, enquanto o de machos caiu 8% em maio, no comparativo anual.
Perspectiva para o boi gordo
Mesmo com as quedas de maio, a combinação de exportações firmes, preços internacionais em alta e melhora no atacado indica sustentação para o boi gordo nas próximas semanas.