A exportação de carne de frango do Brasil registrou forte recuo nas duas primeiras semanas de junho. O volume médio diário caiu cerca de 25%.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o resultado representa uma queda expressiva em relação ao mesmo período de 2024.
Impacto da gripe aviária nas exportações
O principal motivo da redução na exportação de carne de frango foi o embargo de vários países após o primeiro caso de gripe aviária em granja comercial no Brasil, registrado em maio.
Importantes mercados compradores, como China e União Europeia, continuam com as importações suspensas para todo o território brasileiro.
Na última semana, o México diminuiu o embargo, restringindo apenas ao estado do Rio Grande do Sul, onde ocorreu o foco da doença.
Restrições por região e perspectivas futuras
Além do México, Emirados Árabes Unidos e Japão também mantêm restrições. No entanto, limitam apenas ao município de Montenegro, local do registro da gripe.
O governo brasileiro e o setor privado esperam mais flexibilizações, desde que novos casos não apareçam.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que, em maio, a queda nas exportações foi de 12,9%. Mesmo assim, o Brasil redirecionou embarques para regiões não afetadas.
Leve alta nos preços da carne de frango
Apesar da redução nos volumes, os preços da carne de frango in natura tiveram leve alta. Em junho, o preço médio ficou em US$ 1.798,50 por tonelada, 0,7% acima do valor de 2024.
Outros destaques das exportações agrícolas
Além da carne de frango, a exportação de soja permanece estável em relação a junho de 2024. Já o milho caiu 84%, e o café apresentou recuo de 25%.
O açúcar também teve queda de 4,2% no período, segundo dados da Secex.
