As exportações brasileiras de arroz apresentaram um crescimento notável em setembro de 2024, alcançando 148,6 mil toneladas, o que representa um aumento de 81,6% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Arroz (Abiarroz). Essa performance gerou uma receita total de R$ 340,55 milhões, refletindo uma alta de 83,1% na comparação anual.
O arroz beneficiado destacou-se nas exportações, com 123,7 mil toneladas enviadas ao exterior, representando um impressionante aumento de 182,7% em relação a setembro de 2023. Esse resultado demonstra a crescente competitividade do Brasil no mercado global de arroz, apesar dos desafios enfrentados pelo setor ao longo do ano.
Simultaneamente, as importações de arroz também foram significativas em setembro, totalizando 103,6 mil toneladas, o que representa uma redução de 8,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. Contudo, os gastos com essas importações aumentaram drasticamente, com um crescimento de 301,3%, somando R$ 295,18 milhões. No acumulado de 2024, as importações subiram 10,5%, alcançando 1,3 milhão de toneladas, com um aumento de 43,1% nas despesas, que totalizaram R$ 3,16 bilhões.
Plantio – No que diz respeito ao cultivo, o plantio de arroz no Rio Grande do Sul, o principal estado produtor, também avançou. De acordo com o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a semeadura atingiu 9,54% da área prevista para a safra 2024/25, correspondendo a 90,5 mil hectares dos 948,4 mil hectares estimados.
Esse progresso foi considerado modesto devido às chuvas intensas que afetaram o estado na semana anterior. A região da Fronteira Oeste se destacou, com mais de 30% da área plantada, alcançando as metas estabelecidas para setembro.
Esses dados refletem os desafios e avanços que o setor de arroz está enfrentando, tanto no mercado interno quanto nas exportações, com a expectativa de que o ritmo de plantio aumente nas próximas semanas, assegurando uma boa safra para 2025.