Nesta segunda-feira (21/10), o preço da novilha gorda subiu R$ 5/@ na praça paulista, alcançando R$ 300/@ no prazo, segundo informações da Scot Consultoria. Este valor refere-se ao valor bruto da arroba. O mercado paulista também apresentou os seguintes preços: a vaca gorda a R$ 277/@, o boi gordo comum a R$ 305/@ e o “boi-China” cotado a R$ 310/@.
De acordo com analistas da Scot, “aparentemente, houve um movimento de retenção de matrizes para a produção de bezerros”, o que impacta a oferta imediata de bovinos no mercado e eleva os preços. Essa retenção fez com que frigoríficos disputassem lotes de fêmeas para manter suas operações em equilíbrio.
Apesar disso, alguns frigoríficos paulistas não abriram compras de boiadas no início desta semana, o que pode mudar o cenário em breve. As escalas de abate seguem em média para seis dias, de acordo com a Scot.
Mercado físico do boi gordo segue em alta
Segundo a Agrifatto, o mercado físico do boi gordo ultrapassou os R$ 300/@ em estados como São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. No entanto, a chegada de gado do confinamento pode influenciar os preços no curto prazo. Os animais de pastagem natural ainda não entraram no mercado devido à estiagem prolongada.
A oferta de fêmeas, que normalmente pressiona os preços, reduziu consideravelmente com a mudança no ciclo pecuário, reforça a Agrifatto.
Calmaria e impactos no varejo
A segunda-feira chuvosa trouxe calmaria ao mercado, deixando os preços dos animais estabilizados nas 17 praças monitoradas pela Agrifatto. No estado de São Paulo, o preço do boi gordo permaneceu em R$ 305/@, com outras regiões apresentando uma média de R$ 282,50/@. O mercado varejista e atacadista também apresentou queda nas vendas, impactado pelas chuvas e baixo consumo da segunda quinzena do mês.
