O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 500 milhões para a Coamo Agroindustrial Cooperativa. O objetivo é construir uma planta para a produção de etanol de milho em Campo Mourão (PR). Com recursos do Fundo Clima, a usina terá uma capacidade de processamento de 1.700 toneladas de milho por dia e uma produção diária de 765 mil litros de etanol.
Detalhes do Projeto
O projeto, que tem um valor total estimado em R$ 1,7 bilhão, também gerará diariamente 510 toneladas de farelo para nutrição animal (DDGS) e 34 toneladas de óleo de milho. Esses coprodutos são gerados após a etapa de fermentação do etanol de milho. O DDGS é um farelo rico em fibras e proteínas, ideal para a alimentação animal, enquanto o óleo de milho pode ser utilizado na produção de biodiesel.
A nova planta será localizada no Parque Industrial da Cooperativa, às margens da BR-487, onde já existem nove plantas industriais de diferentes segmentos. A maioria dessas instalações é voltada para a alimentação humana e animal, incluindo um moinho de trigo, indústria de margarinas e de rações.
Benefícios do Fundo Clima
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, afirma que projetos financiados pelo Fundo Clima agregam valor ao milho, produzindo etanol e insumos para a proteína animal. “Além disso, o etanol reduz significativamente a emissão de gases de efeito estufa, priorizando uma política industrial sustentável”, destaca Mercadante.
O diretor de Desenvolvimento Produtivo do Banco, José Luís Gordon, acrescenta que “o Fundo Clima busca fomentar a transição energética através de fontes renováveis. O etanol desempenha um papel fundamental na descarbonização do setor de transportes”.
Compromisso com a Sustentabilidade
Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo, ressalta que o apoio do BNDES é alinhado à Política de Sustentabilidade da cooperativa. “A indústria é totalmente sustentável, pois produzirá biocombustível a partir do milho, uma matéria-prima renovável. A matriz energética térmica será baseada em eucalipto de reflorestamento próprio, gerando 30 megawatts de energia elétrica para todo o parque industrial”, afirma Galinari.
Entre janeiro e outubro de 2024, o BNDES aprovou créditos para o setor de biocombustíveis que totalizam R$ 3,9 bilhões, a segunda maior soma desde 2005, apenas atrás do recorde de R$ 4,5 bilhões, alcançado em 2010.