As exportações brasileiras de peixes alcançaram um aumento expressivo de 174% em valor e 158% em volume no terceiro trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023. O dado é parte do boletim “Comércio Exterior da Piscicultura”, da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR).
Entre julho e setembro, as vendas internacionais de peixes brasileiros atingiram US$ 18,5 milhões, com um total exportado de 4.031 toneladas. Este foi o maior crescimento trimestral registrado desde o início do levantamento do boletim, em 2020.
Tilápia Conquista Mercado Externo e Lidera Vendas
A tilápia segue como destaque entre os peixes brasileiros exportados, representando 98% do total das vendas do setor no período. Com movimentação superior a US$ 18 milhões, o desempenho da tilápia representa um aumento de 173% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. As espécies Curimatá e Tambaqui também registraram bom desempenho, com exportações de US$ 146 mil e US$ 108 mil, respectivamente.
Os filés frescos de tilápia se destacaram, compondo 65% do valor total das exportações de peixes e atingindo US$ 12 milhões. Além disso, os peixes inteiros congelados registraram um aumento de 294%, totalizando US$ 5 milhões. A tilápia inteira congelada somou US$ 4,8 milhões, um avanço de 283%.
Estados Unidos São o Principal Destino dos Peixes Brasileiros
O mercado norte-americano manteve-se como o maior comprador de peixes brasileiros, absorvendo 92% das exportações do setor. Outros países como Canadá, Japão e China também se mostraram importantes destinos, cada um representando 2% das vendas no período.
No Brasil, Paraná e São Paulo lideraram as exportações no terceiro trimestre de 2024, somando juntos 95% do volume total. O Paraná foi responsável por US$ 10,7 milhões (59% do total), enquanto São Paulo alcançou US$ 6,5 milhões (36%). Em ambos os estados, o filé de tilápia fresco ou refrigerado foi o produto mais exportado.
O avanço das exportações de peixes brasileiros, especialmente de tilápia, reflete a força crescente da piscicultura nacional e a expansão no mercado global. Para enfrentar a concorrência asiática, especialmente da China, os piscicultores brasileiros buscam aumentar a qualidade e a eficiência na produção, garantindo competitividade internacional.
