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Preços do boi gordo abrem a semana com estabilidade

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Nesta segunda-feira (10/3), o mercado físico do boi gordo registrou estabilidade na maioria das praças brasileiras, informam a Agrifatto e a Scot Consultoria, empresas que acompanham diariamente o setor pecuário.

Na visão da Agrifatto, apesar da elevada oferta de fêmeas gordas, o mercado do boi gordo tende a se fortalecer, com possibilidade de leve valorização no médio prazo, especialmente no Norte do País, em Estados como Pará e Tocantins.

“Essa expectativa se fundamenta em fatores como a boa demanda no atacado de carne bovina com ossos, que pode impulsionar uma reposição mais consistente no varejo nesta segunda semana de março, favorecida pelo pagamento dos salários de fevereiro”, relata a Agrifatto.

Além disso, continua a consultoria, o crescimento contínuo das exportações de carne bovina in natura, que atingiram 195 mil toneladas no mês passado — um recorde para fevereiro —, reforça esse cenário positivo.

Por outro lado, diz a Agrifatto, o mercado enfrenta desafios, como a pressão baixista dos frigoríficos, especialmente sobre os preços das vacas, além das restrições sanitárias temporárias impostas pela China a três unidades exportadoras brasileiras.

Pelos dados da Agrifatto, nesta segunda-feira, o mercado manteve baixa movimentação, com estabilidade para o preço do boi gordo paulista, cotado em R$ 305/@ (animal “comum”) e R$ 315/@ (“boi China”).

Nas outras 16 regiões monitoradas pela consultoria, a média do boi gordo seguiu em R$ 288,45/@.

“Pelo segundo dia consecutivo, as 17 praças acompanhadas não registraram variações nas cotações”, ressalta a consultoria.

Pela apuração da Scot Consultoria, a semana começou com o mercado equilibrado. “Apesar da ponta vendedora estar retendo a boiada em busca de negócios acima dos preços de referência, reduzindo, assim, a oferta, as vendas de carne seguem em ritmo lento, mantendo as cotações da arroba estáveis”, observa a Scot, referindo-se ao mercado de São Paulo.

Com isso, o boi gordo segue cotado em R$ 310/@, a vaca em R$ 280/@, a novilha em R$ 298/@ e o “boi-China” está negociado em R$ 313/@ (todos os preços são brutos e com prazo).

No mercado futuro, na última sexta-feira (7/3), a B3 teve um desempenho positivo. O destaque do dia foi o contrato com vencimento em junho/25, que finalizou com a arroba cotada a R$ 301,20, uma valorização de 0,53% comparado ao fechamento do dia anterior.

Varejo/atacado

Apesar do impacto do Carnaval, o mercado paulista de carne com ossos apresentou um desempenho ligeiramente acima do esperado ao longo da semana passada, informa a Agrifatto.

“As vendas no varejo variaram entre razoáveis e boas, enquanto as distribuições no atacado se mantiveram em um patamar apenas satisfatório”, diz a consultoria.

Entre a última sexta-feira e hoje (10/3), tanto na capital paulista quanto no interior do estado, açougues, mercados e supermercados apresentaram um volume de vendas ligeiramente superior ao esperado, impulsionado pelo pagamento de salários e benefícios sociais de fevereiro, relata a Agrifatto.

No setor atacadista, as distribuições realizadas na sexta-feira, sábado e na noite de domingo para segunda-feira foram avaliadas como boas, refletidas pelo fluxo consistente de pedidos para reposição de estoques no varejo.

“Nesta segunda-feira, todas as mercadorias que chegam aos distribuidores dentro da programação são prontamente descarregadas”, afirma a Agrifatto.

Segundo a consultoria, há uma demanda considerável por dianteiros para entregas ao longo da semana, especialmente a partir de quarta-feira (12/3).

No entanto, continua a Agrifatto, essa procura não parece ter o objetivo de reforçar os estoques nos distribuidores, mas sim compensar a sobra de traseiros do boi casado, que enfrentam baixa liquidez e permanecem sem negociação.

Com isso, negócios pontuais com dianteiros foram fechados a R$ 19/kg, porém, devido ao volume reduzido de transações, esse valor ainda não se consolida como referência de mercado.

Para as negociações semanais da próxima quinta-feira (13/3), destinadas ao abastecimento da primeira semana da segunda quinzena de março — período que, historicamente, registra menor demanda —, a previsão é de preços estáveis, com sustentação apenas moderada, projeta a Agrifatto.

Fonte: Portal DBO

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