Desde 2019, o Programa Carne Sustentável e Orgânica do Pantanal já destinou R$ 63,1 milhões a pecuaristas de Mato Grosso do Sul. Os pagamentos seguem em alta.
Somente em 2024, foram R$ 20,5 milhões repassados. Em 2025, o valor já superou R$ 12,2 milhões antes mesmo do fim do primeiro semestre.
Valor por cabeça abatida cresce
O incentivo médio por animal subiu de R$ 86,26 em 2019 para R$ 134,58 em 2025, o maior já registrado no programa.
Do total de 554.774 animais abatidos, 96,4% atenderam ao protocolo exigido. Assim, receberam o bônus adicional por práticas sustentáveis.
Revisão das regras e nova fase
Durante o evento Pantanal Tech, em Aquidauana, o secretário-executivo da Semadesc, Rogério Beretta, anunciou mudanças no protocolo.
A nova etapa vai alinhar incentivos à valorização de mercado, com foco na remuneração extra para carne com selo sustentável.
Perfil dos rebanhos e adesão ao programa
Entre 2022 e 2025, a categoria de fêmeas com 8 dentes recebeu a maior fatia: 146.858 cabeças. Esse grupo representou 25,5% dos pagamentos totais.
Hoje, o programa possui 147 fazendas participantes, 90 técnicos habilitados e 12 frigoríficos credenciados. Todos seguem critérios rígidos de rastreabilidade.
Iniciativas inovadoras fortalecem o modelo
Guilherme Oliveira, da ABPO, considera a revisão estratégica. Ele cita a Biocarnes como exemplo de inovação, empresa que lançará cortes com o selo do Pantanal.
A startup criada por Leonardo de Barros é uma aposta para conectar sustentabilidade e valor agregado no varejo da carne.
Exemplo nacional de produção responsável
O protocolo do Pantanal se destaca por práticas de bem-estar animal, manejo correto de pastagens e rigor técnico.
A meta é ampliar o reconhecimento da carne pantaneira entre consumidores conscientes, impulsionando a conservação e a renda do produtor rural.