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Boi gordo: pressão de baixa perde força, porém negócios seguem mornos nas praças brasileiras

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Nesta quarta-feira (5/2), os pecuaristas brasileiros seguiram não aceitando propostas de vendas a preços inferiores à média de referência, mantendo os machos no pasto/cocho, à espera de ofertas mais vantajosas, informa a Agrifatto, que acompanha diariamente o setor pecuário, com informações detalhadas sobre o mercado do boi gordo em 17 praças nacionais.

Confira as cotações dos animais terminados, apurados no dia 5/2 pela Agrifatto; clique AQUI.

Por sua vez, diz a consultoria, os frigoríficos adotam uma postura cautelosa nas compras, focados principalmente na aquisição de fêmeas descartadas após a estação de monta.

Enquanto isso, ressalta a Agrifatto, as negociações com animais machos prontos para abate encontram dificuldades para progredir.

Na avaliação dos analistas da consultoria, a pressão baixista sobre os valores da arroba do boi gordo está perdendo força, com as escalas de abates das indústrias frigoríficas não ultrapassando oito dias, na média nacional.

Em São Paulo, diz a Agrifatto, ocorreram negócios isolados de “boi-China” a R$ 335/@ para pagamento à vista. “Contudo, devido ao baixo volume transacionado, esse valor ainda não se firmou como referência”, afirmam os analistas.

Fundamentos de alta

Segundo a Agrifatto, as expectativas de aumento do consumo de carne bovina nesta primeira quinzena de fevereiro (estimulado pelo pagamento dos salários), combinadas com a perspectiva de que a China retome as importações após o período de festividades do Ano Novo chinês, trazem esperança aos diversos agentes do mercado pecuário – incluindo os pecuaristas.

Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, nesta quarta-feira, os preços dos animais terminados ficaram estáveis no mercado paulista, com exceção da novilha gorda, que subiu R$ 3/@, para R$ 315/@, no prazo.

O boi gordo “comum” segue valendo R$ 325/@ em São Paulo, a vaca gorda é negociada por R$ 298/@ e o “boi-China” está cotado em R$ 327/@, de acordo com a Scot.

Pelos dados da Agrifatto, nas 17 praças acompanhadas, as cotações dos bovinos terminados ficaram estáveis na comparação com terça-feira (4/5).

Alta generalizada no mercado futuro

No mercado futuro, após as quedas registradas na segunda-feira (3/2), a B3 voltou a operar em alta na terça-feira (4/2). Todos os contratos futuros subiram, com destaque para o vencimento de fevereiro/23, que encerrou o pregão cotado a R$323,45/@, com um avanço de 1,44% no comparativo diário.

Preços da carne podem subir

O possível aumento do consumo doméstico de carne bovina, típico das primeiras quinzenas do mês (estimulado pelo pagamento de salários), pode refletir em ajustes positivos nos preços da maioria dos cortes bovinos, ainda que de forma moderada, antecipa a Agrifatto.

“Esse movimento já se observa em categorias como boi castrado, dianteiro e ponta de agulha, que foram comercializadas ontem a valores superiores aos da semana passada e seguem em tendência de alta”, completa a consultoria.

Ressaca chinesa

A China segue em clima de “ressaca” após as comemorações do Ano Novo Lunar, informa a Agrifatto.

“O mercado segue estagnado quando se trata das negociações com os chineses, mas devem ganhar força a partir da próxima semana”, reforça a consultoria.

As últimas ofertas da China para compra do dianteiro bovino brasileiro, informa a Agrifafto, foram de US$ 4.700/4.800/tonelada, porém, tal preço não é satisfatório para os exportadores.

Porém, diz a consultoria, há indícios de que os estoques chineses de carne bovina não estão elevados. “Esse fator deve influenciar fortemente na procura da proteína e possibilitará aos exportadores brasileiros ajustar os preços, que vem sendo considerado abaixo do esperado”, observa a Agrifatto.

Fonte: PortalDBO

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