As exportações de carne bovina dos Estados Unidos atingiram 102.840 toneladas em janeiro/25, um aumento de 3% em relação ao mesmo mês de 2024, enquanto a receita cresceu 5%, para US$ 804,6 milhões, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), compilados pela US Meat Export Federation (USMEF).
O crescimento foi impulsionado, em parte, pelo avanço dos embarques para a China e o Canadá, enquanto as vendas para a Coreia do Sul foram estáveis em volume, mas maiores em valor.
Fortes aumentos de receita também foram alcançados em outros mercados importantes, incluindo Taiwan, Caribe, América Central e países do Sudeste Asiático.
As exportações de carne bovina para o principal mercado em receita, a Coreia do Sul, permaneceram estáveis em relação ao ano passado, em 18.801, enquanto o valor subiu 7% para US$ 182,4 milhões.
Os embarques para a China totalizaram 15.920 toneladas em janeiro, um aumento de 35% em relação ao baixo volume registrado há um ano, enquanto o valor subiu 34%, para US$ 137,3 milhões.
Semelhante à Coreia, a demanda da China por carne bovina dos EUA se recuperou significativamente no segundo semestre de 2024.
No entanto, diz a USMEF, a indústria dos EUA enfrenta grande incerteza na China, pois os registros para a maioria dos estabelecimentos exportadores estão definidos para expirar em 16 de março.
“As autoridades dos EUA estão trabalhando para resolver o problema, mas, se essas plantas não forem mais elegíveis após meados de março, isso desfará em grande parte os ganhos de acesso ao mercado alcançados sob o Acordo Econômico e Comercial (Fase 1) EUA-China”, afirma a federação norte-americana.
Além disso, a partir de 10 de março/25, a carne bovina dos EUA estará sujeita a uma tarifa adicional de 10% na China, elevando o total para 22%.
Os embarques de carne bovina para o Oriente Médio se recuperaram de forma impressionante em 2024 e continuaram a crescer em janeiro. As exportações totalizaram 5.120, um aumento de 5% sobre janeiro/24, enquanto a receita cresceu 13%, para US$ 21,5 milhões.
A demanda pela carne bovina norte-americano aumentou fortemente nos mercados asiáticos no final do ano passado, e esse ímpeto continuou em janeiro, disse o presidente e CEO da USMEF, Dan Halstrom.
Embarques de carne suína recuam
As exportações de carne suína totalizaram 243.965 em janeiro, queda de 3% em relação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto o faturamento caiu 2%, para US$ 668 milhões.
Os embarques da proteína dispararam para a América Central e continuaram a tendência de alta para o mercado líder, o México.
As exportações também aumentaram ano a ano para China/Hong Kong, Filipinas, Austrália e Nova Zelândia, mas esses resultados foram compensados por embarques muito menores para o Japão, Coreia e Colômbia.
Embora bem abaixo dos volumes vistos no início desta década, as exportações norte-americanas de carne suína para a China/Hong Kong ganharam força no segundo semestre de 2024 e continuaram a crescer em janeiro, com as vendas subindo 6% em relação ao ano mesmo período do ano passado, para 37.596 toneladas, enquanto a receita aumentou 9%, para US$ 92,3 milhões.
Semelhante à carne bovina, os exportadores de carne suína dos EUA que atendem à China enfrentam incertezas sobre sua elegibilidade após meados de março.
A China é o maior destino para carnes de porco dos EUA, levando 322.000 toneladas no ano passado, e nenhum mercado alternativo pode se aproximar desse volume ao preço que os compradores chineses pagam, diz a USMEF.
A carne suína dos EUA também enfrentará tarifas retaliatórias mais altas a partir de 10 de março, quando a taxa efetiva da China aumentará de 37% para 47%.
Fonte: PortalDBO