O etanol de milho tem se consolidado como peça-chave na matriz energética brasileira. O tema foi debatido na 2ª Conferência Internacional Unem Datagro, que reuniu produtores, investidores e autoridades. O evento ocorreu na última quinta-feira (3) e contou com a presença do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
O ministro ressaltou a relevância do encontro para o fortalecimento dos biocombustíveis no país. Segundo ele, discutir estratégias para ampliar a eficiência e a competitividade do setor é essencial para o crescimento sustentável da produção.
Apoio do governo e crescimento do setor
Durante o evento, Fávaro destacou o apoio do governo federal e do Congresso Nacional para a aprovação da Lei do Combustível do Futuro. A legislação busca ampliar o uso de biocombustíveis, tornando a matriz energética brasileira mais sustentável. Ele reforçou que a produção de energia renovável não prejudica a produção de alimentos, mas sim complementa o setor agropecuário.
Outro ponto abordado foi a evolução da mistura de etanol na gasolina. O Brasil já trabalha com um percentual de 30% de etanol misturado ao combustível fóssil, servindo de exemplo para o mundo em sustentabilidade e controle da inflação dos combustíveis.
Expansão da produção de etanol de milho
O presidente da Datagro, Plínio Nastari, destacou que a industrialização do milho não gera apenas etanol, mas também subprodutos como DDG e óleo, que fortalecem a pecuária e impulsionam as exportações de carne. Já Guilherme Nolasco, presidente executivo da Unem, ressaltou a rápida expansão da produção de etanol de milho no Brasil. Em dez anos, a produção saltou de 80 milhões para 8 bilhões de litros, impulsionando a economia e a geração de empregos no campo.
Fávaro também comentou o crescimento das exportações agropecuárias brasileiras, especialmente no Mato Grosso. Nos últimos dois anos, o estado registrou um aumento de 43% nas exportações, atingindo um novo recorde.
Abertura de mercados e apoio aos produtores
O ministro ainda mencionou avanços na abertura de mercados internacionais. O Brasil já conquistou 345 novos mercados nos últimos dois anos, incluindo negociações avançadas para exportação de carne bovina ao Vietnã. Esse crescimento reflete a eficiência da diplomacia comercial e a confiança nas garantias sanitárias do país.
Por fim, Fávaro falou sobre o Plano Safra, reforçando o apoio aos médios produtores. O governo pretende ampliar as linhas de crédito com juros subsidiados, garantindo incentivos para o setor e superando os recordes anteriores do programa.
