O Brasil terminou abril com saldo positivo na balança comercial. Foram R$ 174,9 bilhões em exportações contra R$ 127,9 bilhões em importações, resultando em superávit de R$ 46,9 bilhões.
Apesar de abaixo das projeções do mercado, o resultado reforça a força do setor externo, mesmo em meio a incertezas globais e oscilações nas commodities.
No acumulado de 2025, a balança comercial já registra superávit de R$ 101,4 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Indústria de transformação impulsiona exportações
A indústria de transformação foi o destaque de abril, com crescimento de 2,4% nas exportações. Isso representou um avanço de R$ 2 bilhões frente ao mesmo mês de 2024.
Por outro lado, a agropecuária teve queda de 0,7%, o que representa R$ 287,5 milhões a menos. A indústria extrativa também recuou 3,8%, com redução de R$ 1,6 bilhão.
Nas importações, houve leve alta de 1,6%. O setor agropecuário importou R$ 115,9 milhões a mais. Já o setor extrativo teve retração de 31,5%.
Agro segue relevante para a balança comercial
Mesmo com redução pontual nos embarques, o agro continua sendo pilar da economia nacional. O setor ainda mantém grande peso na balança comercial brasileira.
A expectativa é de que a entrada da nova safra e a reabertura de mercados como China e Oriente Médio aumentem a força das exportações do campo.
Além disso, o dólar valorizado — cotado a R$ 5,75 — ajuda a manter a rentabilidade dos produtores que exportam.
Semana final de abril teve superávit de R$ 10 bilhões
Na última semana de abril, o país exportou R$ 28,7 bilhões e importou R$ 18,6 bilhões. O superávit foi de R$ 10 bilhões.
Analistas indicam que a estabilidade das vendas externas de produtos industrializados e a queda nas compras de petróleo e minérios influenciaram positivamente o saldo.
Apesar dos desafios, o Brasil segue com resultados sólidos e boa perspectiva no comércio exterior.
