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Boi gordo em alta, mas escalas de abate estão curtas

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Preço do boi gordo sobe enquanto frigoríficos lutam para garantir escalas.

Mesmo com o aumento nos preços pagos pelo boi gordo, os frigoríficos brasileiros ainda enfrentam dificuldades para manter escalas de abate confortáveis. Segundo dados da Agrifatto, as indústrias estão conseguindo atender, em média, apenas cinco dias de abate por semana, o que reflete a falta de oferta de animais prontos para o abate.

A escassez de boi gordo é mais crítica durante a entressafra das “boiadas de capim”, especialmente em regiões como o Pará e Tocantins. Frigoríficos dessas áreas estão operando com falhas, o que resulta em uma ociosidade de 30% nas plantas de abate. Em muitos casos, as programações cobrem de dois a quatro dias apenas, conforme cálculos da Agrifatto.

Alta no preço do boi gordo em São Paulo

Em São Paulo, o preço do boi gordo subiu novamente, atingindo R$ 307/@ nesta quarta-feira (23/10), segundo a Scot Consultoria. No estado, as escalas de abate também estão apertadas, com uma média de apenas seis dias. O mercado continua em alta também para fêmeas, com a vaca sendo negociada por R$ 280/@ e a novilha por R$ 302/@.

O “boi-China”, destinado à exportação, está sendo cotado a R$ 315/@, com um ágio de R$ 8/@ em relação ao boi gordo comum, segundo a Scot. Já a Agrifatto aponta o valor de R$ 310/@ para o boi-China em São Paulo, sem premiação adicional.

Estoques cheios no atacado e varejo

Apesar da alta nos preços do boi gordo, a demanda por carne bovina no atacado e varejo não está acompanhando o mesmo ritmo. A Agrifatto relata que as vendas de carne com osso no varejo paulista foram fracas na última terça-feira (22/10), resultando em grandes volumes de produtos parados nos distribuidores, sem previsão de venda.

A oferta de produtos com ossos está elevada, mas a demanda segue baixa, o que pressiona as cotações de cortes bovinos. Com os estoques cheios, a expectativa é de que os preços continuem fragilizados nos próximos dias.

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