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Boi gordo: indústrias puxam rédeas das compras, enquanto pecuaristas retêm machos no pasto

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Fevereiro começa com uma maior pressão negativa sobre os preços do boi gordo nas principais praças brasileiras, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.

O tombo da arroba só não é maior neste momento, dizem os analistas, porque as fazendas brasileiras trabalham hoje com uma boa capacidade de suporte das pastagens, reflexo das chuvas generosas dos últimos meses.

Confira as cotações dos animais terminados, apurados no dia 3/2 pela Agrifatto; clique AQUI.

“O mercado do boi gordo tem indicadores mais negativos que positivos neste momento, mas o pecuarista está ‘dosando’ a oferta e impedindo maiores quedas nos preços da arroba”, relata a Agrifatto.

Porém, apesar de favorecer a retenção dos lotes gordos nas propriedades, a recuperação das pastagens naturais nas regiões do Brasil Central tem acelerado a capacidade de oferta de animais terminados, especialmente de fêmeas descartadas após o término da estação de monta – um fenômeno que frequentemente atinge seu pico em março, informa a Agrifatto.

Como resultado, diz a consultoria, os frigoríficos brasileiros optaram por preencher as programações de abate com vacas e novilhas, pressionando, assim os preços da arroba dos machos terminados.

Outros fatores também contribuem para a atual tendência de queda na arroba, relatam os analistas.

No mercado interno, observa a Agrifatto, a demanda pela carne bovina permaneceu enfraquecida ao longo de janeiro/25, sobretudo a partir da segunda quinzena do mês, quando normalmente há poucas sobras nas contas bancárias dos trabalhadores.

Pelo lado das exportações, diz a Agrifatto, as festividades do Ano Novo Chinês reduziram o apetite do país asiático pelo produto brasileiro, o que também favoreceu uma menor procura das indústrias pela matéria-prima (boiadas gordas) ao longo do último mês.

Na avaliação da Agrifatto, com o início de fevereiro, o recebimento dos salários tende a aquecer um pouco o mercado interno de carne bovina.

No entanto, devido aos estoques elevados resultantes da redução do consumo nas últimas semanas, as indústrias tendem a seguir puxando as rédeas das compras, pressionando negativamente os preços do boi gordo no mercado físico.

Boi-China recua em SP

Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, nesta segunda-feira (3/2), o preço do animal com padrão-exportação registrou queda de R$ 2/@ no mercado paulista, fechando o dia valendo R$ 327/@.

Segundo a Scot, na mesma praça, o boi gordo “comum” segue valendo R$ 325/@, enquanto a vaca e a novilha são vendidas por R$ 298/@ e R$ 312/@, respectivamente.

Segundo os dados levantados pela Agrifatto, as 17 praças monitoradas diariamente mantiveram suas cotações inalteradas nesta segunda-feira.

Balanço do “boi-futuro”

O contrato de janeiro/25 do boi gordo foi liquidado a R$ 325,64/@ na última sexta-feira, na B3, o que significou valorização de R$ 9,38/@ em relação à liquidação do contrato de dezembro/24 (R$ 316,26/@), e um avanço de R$ 78,53/@ em relação ao vencimento de janeiro/24 (R$ 247,11/@), informa a Agrifatto.

Com o encerramento do vencimento de janeiro/25, os demais contratos negociados na B3 apresentaram variações distintas no comparativo entre as últimas sextas-feiras (31/1 versus 24/1). O contrato mais próximo, fevereiro/25, encerrou o dia cotado a R$ 319,75/@, com queda de 0,68% em relação à sexta-feira de 24/1.

O contrato com vencimento em março/25 teve recuo semanal de 0,49%, fechando a R$ 318,30/@ no pregão de 31/1, enquanto o contrato de maio/25 apresentou a maior desvalorização entre os vencimentos, caindo 0,94% na comparação com a sessão de 24/1, encerrando a semana em R$ 315,3/@.

Fonte: PortalDBO

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