A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) financiarão a vinda de pesquisadores africanos ao Brasil.
Representantes das instituições assinaram um acordo para promover intercâmbio técnico entre Brasil e 55 países africanos, fortalecendo a segurança alimentar e impulsionando o setor agrícola.
A iniciativa prevê a participação de 30 pesquisadores de universidades, institutos científicos e órgãos governamentais. O projeto terá foco em três áreas essenciais: agricultura regenerativa, segurança alimentar e recuperação de áreas degradadas.
Intercâmbio e fortalecimento do setor agrícola
As instituições também se comprometem a desenvolver projetos conjuntos que atendam às necessidades dos países cooperantes. A assinatura do acordo ocorreu durante o seminário Diálogo África-Brasil em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação na Agropecuária, sediado pela Embrapa, em Brasília.
O evento reúne autoridades do governo federal, embaixadores africanos e especialistas do setor agrícola, como o cientista Rattan Lal, vencedor do Nobel da Paz de 2007. Durante o encontro, ele abordou desafios e oportunidades da produção agrícola na África.
O seminário também prepara o terreno para uma reunião em maio, que contará com a presença de ministros africanos da Agricultura. O objetivo será apresentar soluções para aumentar a produtividade agropecuária no continente.
Brasil compartilha experiência e inovação
O Brasil pretende compartilhar suas conquistas no setor agrícola e ajudar no desenvolvimento sustentável da agropecuária africana. O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, destacou que a aproximação com a África é prioridade para o governo.
A presidenta da Embrapa, Silvia Massruhá, ressaltou a importância da pesquisa científica para o avanço do agronegócio. Segundo ela, o Brasil conseguiu transformar áreas como o cerrado em regiões altamente produtivas, e essa experiência pode ser útil para os países africanos.
O diretor-geral do IICA, Manuel Otero, reforçou que o conhecimento brasileiro pode ser adaptado às realidades locais, contribuindo para o crescimento sustentável da agricultura na África.