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Café no Brasil: Preços Acompanhando Alta Global

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Café registra forte valorização nas bolsas internacionais. Expectativas otimistas para safra brasileira de 2025, apesar das recentes perdas climáticas.
Safra 2025 de Café Pode Surpreender, Apesar de Desafios Climáticos

Os preços do café apresentaram forte alta na última semana, tanto nas bolsas internacionais quanto no mercado físico brasileiro. A valorização do arábica em Nova York e do robusta em Londres impactou diretamente os valores no Brasil. Segundo Gil Barabach, consultor da Safras & Mercado, a recente vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA agitou o mercado financeiro global, afetando o dólar e as commodities.

O índice DXY, que mede o valor do dólar frente a outras moedas fortes, ultrapassou os 105 pontos antes de se estabilizar em 104,5. Essa desvalorização do dólar frente ao real, influenciada pela expectativa de cortes de gastos no Brasil, impulsionou os preços do café. No dia 7 de novembro, o arábica chegou próximo de 260 centavos por libra-peso. “A queda do dólar foi o principal gatilho para a alta, especialmente na quinta-feira (07)”, destacou Barabach.

Volatilidade e Ajustes no Mercado de Café

A recente valorização também foi influenciada pelo vencimento das opções de dezembro/24 e a rolagem de contratos. Esses fatores adicionaram volatilidade aos preços, que devem se ajustar conforme os efeitos da decisão do Fed e a transição dos contratos. Apesar do movimento positivo, Barabach alerta para a incerteza quanto à sustentabilidade desses ganhos. “Essas altas refletem mais a turbulência financeira do que fundamentos sólidos do mercado”, afirmou.

Expectativas para a Safra de Café 2025

O foco agora está na safra brasileira de 2025. O clima no cinturão cafeeiro tem melhorado, com chuvas frequentes, trazendo otimismo para a produção. Contudo, as perdas causadas pela seca prolongada de 2024 ainda preocupam, especialmente em Minas Gerais e São Paulo.

Na última semana, entre 31 de outubro e 7 de novembro, o contrato de março/2025 em Nova York subiu 5,8%, alcançando 259,75 centavos por libra-peso. Em Londres, o robusta de janeiro/2025 aumentou 2,7%. No mercado físico, o preço do café arábica no sul de Minas Gerais subiu 4,6%, de R$ 1.530 para R$ 1.600 por saca, enquanto o conilon tipo 7 no Espírito Santo registrou alta semelhante, passando de R$ 1.425 para R$ 1.490.

Barabach conclui que o mercado segue cauteloso, especialmente no segmento do arábica, enquanto o conilon apresenta expectativas de safra mais robusta em 2025. “A volatilidade segue como principal desafio para o setor, dificultando negociações e gerando incerteza”, finalizou o consultor.

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