O Brasil segue ganhando espaço entre os maiores fornecedores de carne brasileira in natura para os Estados Unidos. Contudo, a fatia do produto “magra” brasileiro, usada como base em blends de hambúrguer, ainda é pequena diante da autossuficiência norte-americana.
Segundo estudo recente do Rabobank, 82% da carne bovina consumida nos EUA vem da própria produção interna. Essa participação supre setores como o varejo, foodservice e cortes variados. Já Canadá e México colaboram com cerca de 6%, enquanto países como Austrália, Nova Zelândia e Brasil completam a demanda restante.
Crescimento expressivo nas exportações
Apesar da pequena fatia, os EUA já são o segundo maior destino da carne brasileira, ficando atrás apenas da China. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que, só em abril de 2025, o Brasil exportou 47,84 mil toneladas da proteína bovina para o mercado norte-americano. Esse volume representa um aumento de 13,67% em relação a março e um salto de 497% na comparação com abril de 2024.
Já no acumulado de janeiro a abril, os embarques de carne brasileira aos EUA alcançaram 135 mil toneladas. Isso representa uma elevação de 161,5% frente ao mesmo período de 2024, sinalizando um avanço consistente da proteína nacional no competitivo mercado internacional.