A China direcionou sua atenção nesta segunda-feira (14) para empresas de laticínios da Holanda, França e Itália, como parte de uma investigação sobre subsídios nas importações de produtos lácteos provenientes da União Europeia (UE). A ação segue após parlamentares desses países apoiarem a aplicação de tarifas sobre veículos elétricos chineses.
Em agosto, a China iniciou uma investigação abrangente sobre as importações de queijo, leite e creme da UE, e agora revelou detalhes adicionais após a votação de 4 de outubro, na qual membros da UE aprovaram tarifas de até 45% sobre veículos elétricos importados da China.
Entre os países que apoiaram as tarifas estão Itália, França e Holanda, enquanto a Bélgica optou por se abster. O Ministério do Comércio da China informou que a análise será feita com base em amostras coletadas de empresas como a Elvi (França), FrieslandCampina Nederland B.V., FrieslandCampina Belgium N.V., e Sterilgarda Alimenti SPA (Itália). A escolha das empresas foi baseada no volume de exportação, tipo de produto e localização geográfica.
A Comissão Europeia decidiu contestar a investigação chinesa na Organização Mundial do Comércio (OMC), sendo esta a primeira vez que a UE toma uma ação desse tipo no início de uma investigação, sem aguardar uma decisão final que poderia impor sanções ao bloco.
A UE é uma das principais fornecedoras de laticínios para a China, ficando atrás apenas da Nova Zelândia. Em 2023, o bloco exportou aproximadamente 1,7 bilhão de euros em produtos lácteos para o mercado chinês, segundo dados da Comissão Europeia e do Eurostat.