As exportações de carne bovina do Brasil e da Austrália devem crescer em 2025, segundo projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Ambos os países devem compensar a redução na oferta da proteína em outros mercados.
O relatório aponta que a forte demanda global, especialmente de parceiros comerciais como China, Estados Unidos e Chile, sustentará esse crescimento. A expectativa é que o Brasil exporte 3,75 milhões de toneladas, um avanço de 3% em relação a 2024.
Já a Austrália deve atingir 1,96 milhão de toneladas, também com crescimento de 3%. O país será impulsionado pelo aumento da oferta local e pela competitividade nos preços.
Crescimento global nas exportações de carne bovina
A estimativa do USDA é que o comércio mundial de carne bovina cresça 1% em 2025, chegando a 13,1 milhões de toneladas. O avanço será puxado principalmente por Brasil, Austrália e Índia.
Enquanto isso, os Estados Unidos devem registrar uma queda de 11% nas exportações, reflexo das tarifas retaliatórias da China e da expiração dos registros de frigoríficos americanos. A Índia, por outro lado, aumentará as vendas em 2%, abastecendo o Sudeste Asiático e o Oriente Médio.
A produção global deve permanecer estável em 61,6 milhões de toneladas, com destaque para o crescimento no Brasil, Índia e Austrália, que compensam a queda esperada nos EUA, União Europeia e Argentina.
No Brasil, a produção deve chegar a 11,9 milhões de toneladas em 2025, um novo recorde. Já nos EUA, a expectativa é de queda de 1%, atingindo 12,2 milhões de toneladas.
Na Argentina, o clima e a baixa rentabilidade levaram à redução dos rebanhos. Com isso, o abate deve cair 4% e a produção 3%.