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Exportações do agro crescem com tensões entre EUA e China

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A crescente disputa comercial entre Estados Unidos e China pode favorecer o agronegócio brasileiro, abrindo novas oportunidades para as exportações de soja, milho, algodão e carnes. Com a aplicação de tarifas adicionais sobre produtos agrícolas norte-americanos, o Brasil se posiciona como alternativa para suprir a demanda chinesa.

Soja: Brasil amplia participação no mercado chinês

A China, maior importadora mundial de soja, tem intensificado suas compras do Brasil. No primeiro trimestre de 2025, o país asiático adquiriu 17,7 milhões de toneladas da oleaginosa brasileira, de um total de 22,8 milhões exportadas. Esse cenário reforça a tendência de substituição da soja norte-americana pela brasileira.

Milho: competitividade brasileira pode crescer

Embora a China não dependa fortemente do milho dos EUA, as tarifas impostas ao produto norte-americano podem estimular a diversificação das importações. Nesse contexto, Brasil e Argentina surgem como principais fornecedores alternativos, fortalecendo a posição do milho brasileiro no mercado chinês.

Algodão: oportunidades para o Brasil

O setor algodoeiro também pode se beneficiar. Em disputas comerciais anteriores, os preços do algodão oscilaram significativamente. Agora, o Brasil tem a chance de expandir sua participação no mercado chinês, aproveitando a menor competitividade dos produtores norte-americanos.

Carnes: demanda chinesa pode crescer

A aplicação de tarifas sobre carnes dos EUA abre espaço para o Brasil aumentar suas exportações de carne bovina e de frango para a China. No entanto, o setor deve garantir a capacidade produtiva para atender à demanda sem comprometer o mercado interno.

Impacto nos preços internos e desafios do setor

O aumento das exportações pode pressionar os preços das commodities no Brasil, impactando consumidores e indústrias que utilizam esses produtos como insumos. Especialistas alertam para possíveis elevações nos custos de alimentos e rações.

O presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende, ressalta que o Brasil precisa monitorar variáveis como taxa de câmbio, custos de produção e conclusão da safra para aproveitar esse cenário de forma estratégica.

“O crescimento das exportações para a China pode fortalecer o agronegócio brasileiro, mas exige planejamento. Investimentos em infraestrutura, logística e negociações comerciais são essenciais para garantir um crescimento sustentável no mercado internacional”, destacou Rezende.

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