Pecuaristas marroquinos visitaram o Brasil em busca de novos fornecedores de gado vivo e carne congelada. O objetivo é firmar parcerias diretas com produtores brasileiros.
Durante reunião na Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo, os representantes da Federação Marroquina de Operadores do Setor Pecuário discutiram as dificuldades enfrentadas no mercado local.
Além dos altos custos, o uso obrigatório de intermediários tem sido um obstáculo. Por isso, o grupo busca alternativas mais viáveis, e o Brasil surgiu como forte candidato.
Brasil pode se tornar fornecedor estratégico
A delegação visitou cidades do interior de São Paulo, como Barretos e Presidente Prudente. Em uma das visitas, um negócio pode ser fechado já na próxima semana.
Segundo Mohamed Jabli, presidente da federação, o país norte-africano depende da importação de gado vivo desde uma longa seca iniciada há sete anos.
Antes, as compras vinham de Portugal e Espanha. Agora, o foco está em países como Austrália, Argentina, Uruguai e, especialmente, o Brasil, por seus preços competitivos.
“Queremos negociar sem intermediários e construir confiança com os exportadores brasileiros”, afirmou Jabli durante o encontro.
Pará é rota promissora para exportação
Segundo a Câmara Árabe, o estado do Pará já exporta gado vivo para países como Egito e Omã. O Marrocos, inclusive, está mais próximo geograficamente.
Em setembro, uma nova missão de empresários marroquinos poderá retornar ao Brasil. A ideia é aprofundar as relações comerciais e conhecer novos produtores.
Com isso, o Brasil pode ganhar mais espaço no mercado de exportações de gado, fortalecendo a conexão entre os dois países.
