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“Mercado do boi gordo está comprador, com todas as praças reportando altas na arroba”, diz Scot

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Em São Paulo, os preços do boi gordo tiveram mais uma semana de alta, informa o zootecnista Felipe Fabbri, da Scot Consultoria.

Nesta sexta-feira (17/1), a arroba paulista do animal terminado “comum” subiu mais R$ 2, fechando o dia valendo R$ 327/@, no prazo (valor bruto), enquanto o “boi-China” está cotado em R$ 332/@ – portanto, com ágio de R$ 5/@ sobre o bovino sem padrão-exportação.

Por sua vez, a vaca e a novilha gordas são negociadas em São Paulo por R$ 300/@ e R$ 317/@, respectivamente, segundo a Scot.

“O mercado, desde o início do ano, está comprador, com todas as 32 praças monitoradas pela Scot reportando altas”, relata Fabbri. Destaque para a praça de Belo Horizonte, que registrou aumento de 8,4% no preço do boi gordo ao longo desta semana, observa o analista.

Os fundamentos no mercado ainda são os mesmos, diz Fabbri: “Há menor pressão vendedora, com chuvas mais regulares e pastagens com boa condição, e, do lado das fêmeas, maior estímulo por parte do mercado de reposição para o repasse daquelas que não emprenharam”.

Do lado da demanda, continua o analista, o mercado doméstico tem escoado mais paulatinamente a oferta de carne que chega, conforme a renda tem diminuído.

Nos primeiros 15 dias do ano, ressalta Fabbri, o setor de exportação de carne bovina é o grande destaque, registrando bons volumes diários de embarques.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou, diariamente, 9,5 mil toneladas, aumento de 14,9% em relação à média diária de janeiro de 2024.

Destaque também para os preços, em dólares, que aumentaram 11,8% no período, para US$ 5,06 mil/tonelada.

“Com um dólar acima de R$ 6 e uma demanda firme, houve espaço para que o preço da arroba do boi gordo brasileiro fosse ajustado para cima”, diz Fabbri.

No curto prazo, prevê o analista, “o mercado brasileiro do boi gordo deverá seguir firme – com atenção, porém, ao desempenho da demanda no mercado interno e, no caso da exportação, a um dólar que tem trabalhado mais fraco nos últimos sete dias”.

Comportamento das escalas de abate

Segundo apuração da Agrifatto, a média brasileira das programações de abate encerra a semana com uma média de 6,93 dias úteis.

“Enquanto algumas praças registraram aumento nas suas programações de abate, outras não acompanharam o movimento e recuaram”, observa a consultoria.

Tocantins teve um avanço em suas escalas de 2 dias úteis nesta semana sobre a semana anterior, fechando em 8 dias úteis.

As praças do Mato Grosso, Pará e de Rondônia, informa a Agrifatto, tiveram um avanço modesto de 1 dia no mesmo período de comparação. Com isso, a programação nesses Estados ficaram em 7, 10 e 10 dias úteis, respectivamente.

Em um movimento contrário, as escalas de abate do Paraná recuaram em 3 dias entre as duas semanas em questão, para uma média de 6 dias úteis.

Mato Grosso do Sul e Minas Gerais também registraram uma diminuição de 2 e 1 dias úteis, respectivamente, diz a Agrifatto.

“As expectativas é que a movimentação das escalas continue a passos lentos, sem grandes mudanças nas programações frigoríficas, tendo em vista que o mercado ainda se encontra com dificuldades de consumo”, aposta a consultoria.

Fonte: PortalDBO

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