A maior presença de fêmeas nos balcões de negociações do boi gordo facilitou um pouco a vida dos frigoríficos brasileiros, que conseguiram preencher melhor as suas escalas de abate nos últimos dias de janeiro, e início de fevereiro.
O enfraquecimento da demanda interna e externa pela carne bovina também colocou o mercado do boi em banho-maria, afirmam os analistas.
Confira as cotações dos animais terminados, apurados no dia 3/2 pela Agrifatto; clique AQUI.
A China saiu das compras internacionais para comemorar o Ano Novo no país, enquanto a demanda doméstica patina pela falta de renda dos trabalhadores, ainda “atrapalhados” com o excesso de contas para pagar neste começo de ano (IPTU, IPVA, material escolar, boletos de cartão de crédito utilizado durante as férias, entre outros gastos).
Neste momento, parte dos pecuaristas descarta os lotes de fêmeas que não emprenharam ao longo da última estação de monta.
Além disso, as boas condições das pastagens, favorecidas pelas chuvas dos últimos meses, favoreceram a engorda rápidas das vacas não-aproveitadas, enquanto os muitos produtores seguram os machos terminados no pasto, à espera de uma arroba com preços mais atrativos.
Com isso, o mercado do boi gordo segue em ritmo lento nas principais praças do País, resultando em estabilidade nas cotações do boi gordo, apesar da maior pressão por preços menores parte dos frigoríficos compradores.
Segundo dados da Scot Consultoria, na praça de São Paulo, as cotações de todas as categorias não sofreram alteração nesta terça-feira (4/2).
Portanto, o boi gordo “comum” segue valendo R$ 325/@ e o “boi-China” está cotado em R$ 327,00/@. Por sua vez, vaca e a novilha gordas são vendidas no mercado paulista por R$ 298/@ e R$ 312/@, respectivamente.
Balanço de janeiro/25
Janeiro de 2025 foi um mês de valorização para o boi gordo, impulsionado pela menor oferta de animais terminados e, consequentemente, pela dificuldade dos frigoríficos em alongar suas escalas.
No último mês, o preço médio do boi gordo na praça paulista atingiu R$ 324,95/@, com um avanço mensal de 1,44%, mas ainda um pouco distante dos R$ 330/@, informa a Agrifatto.
Fonte: PortalDBO