A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, recebeu duras críticas durante uma audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. O debate abordou o recorde de queimadas registrado em 2024, com mais de 22 milhões de hectares destruídos até setembro, segundo a Frente Parlamentar da Agropecuária.
Os deputados questionaram a eficiência das políticas ambientais, destacando o aumento das queimadas e os cortes orçamentários. O deputado Evair de Melo criticou a resposta do governo às previsões climáticas que indicavam um ano crítico para incêndios.
Gestão do orçamento e combate a queimadas
Entre as principais críticas está a redução de 35% no orçamento do ICMBio e a diminuição de 25% no número de brigadistas. A gestão orçamentária foi alvo de questionamentos, já que, apesar das previsões, o governo não tomou medidas emergenciais suficientes para conter a crise.
Deputados cobram ações mais efetivas
O deputado Marcel Van Hattem acusou a ministra de ter “quebrado seu próprio recorde” de queimadas, que havia sido registrado em 2003, durante o primeiro governo Lula. Van Hattem afirmou que 2024 registrou o maior número de queimadas em 25 anos, superando o recorde anterior. Para ele, a gestão do meio ambiente falhou.
Já a deputada Daniela Reinehr cobrou respostas mais práticas do governo, alegando que os cortes no orçamento e a falta de ações estão prejudicando tanto os cidadãos quanto os produtores rurais, que enfrentam secas, incêndios e enchentes.
Perspectivas para o meio ambiente
Com as previsões de que as condições climáticas devem se agravar, o debate sobre o orçamento e a gestão ambiental se torna ainda mais urgente. Especialistas temem que, sem medidas imediatas, o Brasil continue a bater recordes negativos em queimadas e outras crises ambientais.