Nesta quarta-feira (16), trabalhadores da Embrapa paralisaram atividades em todo o país, em protesto contra o reajuste salarial de apenas 2,58% oferecido pela empresa. A paralisação, coordenada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), busca pressionar a empresa por uma recomposição salarial de 16,24%, percentual que, segundo o Dieese, corresponde às perdas acumuladas desde 2018.
Além do reajuste salarial, a proposta da Embrapa contempla o aumento do auxílio-alimentação e auxílio-creche, também de 2,58%. No entanto, para os trabalhadores, a proposta não reduz as perdas acumuladas e é considerada insuficiente para melhorar as condições dos empregados. Em contrapartida, a empresa sugere um reajuste de 100% da inflação para 2025, mas a decisão foi considerada insuficiente pelos trabalhadores. Como resultado, os trabalhadores da Embrapa paralisam atividades em diversas unidades de pesquisa pelo país.
Reivindicações dos trabalhadores da Embrapa
Entre as principais demandas, os trabalhadores da Embrapa exigem, além do reajuste salarial, melhores políticas de combate ao assédio moral e sexual, proteção às gestantes e lactantes terceirizadas em ambientes insalubres e reconhecimento aos técnicos e assistentes por meio de créditos em publicações científicas. O Sinpaf também destaca a necessidade de valorização profissional com a implementação de um Adicional de Escolaridade para aqueles que investem em qualificação, como cursos de graduação e pós-graduação.
Em nota, a Embrapa informou que respeita a decisão do sindicato, mas lamenta a interrupção das negociações, afirmando que sua proposta para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024/2026 foi rejeitada. A empresa ainda destacou a manutenção de conquistas e novos benefícios propostos no ACT, além de reforçar seu compromisso com programas voltados para o fortalecimento das mulheres no âmbito corporativo e nas políticas públicas voltadas para o meio rural.