A China, maior importadora mundial de soja e grãos, adquiriu mais de 100 milhões de toneladas destes produtos em 2023, principalmente dos EUA e Brasil. Entretanto, o governo chinês planeja mudar essa dependência com uma nova estratégia de cinco anos para digitalizar o setor agrícola e aumentar a produção interna de alimentos.
O plano, que deve ser implementado até 2028, busca integrar tecnologia avançada ao plantio e criar uma plataforma nacional de big data agrícola, de acordo com o Ministério da Agricultura chinês. A meta é desenvolver soluções que garantam a segurança alimentar e reduzam as importações, apostando em big data, GPS e inteligência artificial. A previsão é que a produção atinja o recorde de 700 milhões de toneladas de grãos neste ano.
Tecnologia e segurança alimentar
Como maior produtor mundial de grãos, a China encara o desafio de alimentar sua vasta população com recursos naturais limitados e crescentes restrições ambientais. A digitalização do setor deve englobar não apenas as fazendas, mas também atividades de pecuária e pesca, permitindo maior eficiência, redução de custos e aumento da produtividade.
O governo chinês também pretende modernizar máquinas e equipamentos agrícolas e estimular pesquisas para impulsionar a chamada “agricultura inteligente”. Com essa iniciativa, a China visa fortalecer sua autossuficiência alimentar e reduzir sua dependência das importações.
