A produção de tilápia em Mato Grosso do Sul segue em forte crescimento, consolidando o estado como destaque nacional na piscicultura. Em 2024, foram produzidas 38.400 toneladas da espécie.
Esse volume representa quase todo o pescado do estado, que atingiu 40.500 toneladas no total. Em comparação com 2023, houve aumento de 18,77%, segundo a Peixe BR.
Outras espécies, como pacu e pintado, somaram apenas 2.000 toneladas. Já carpas, trutas e pangas não passaram de 100 toneladas.
Profissionalização impulsiona a produção
O avanço da tilápia no estado está ligado à modernização do setor. Produtores locais ampliaram suas estruturas e investiram em qualidade e sustentabilidade.
Sistemas de cultivo modernos, como tanques-rede e viveiros escavados, também contribuíram para a evolução do setor. Hoje, o estado soma 3.324 hectares dedicados à piscicultura, com mais de 10 mil viveiros e 2.400 tanques-rede.
O resultado disso é a ascensão de Mato Grosso do Sul no ranking nacional. Em poucos anos, o estado subiu 15 posições na produção de tilápia, e já exporta para mercados como Estados Unidos e Canadá.
Municípios que mais produzem tilápia
Os municípios de Selvíria, Itaporã e Aparecida do Taboado são líderes na produção de peixes. Outros destaques são Dourados, Mundo Novo, Deodápolis e Paranaíba.
Cidades como Sidrolândia, Ponta Porã e Brasilândia também integram o grupo dos maiores produtores. Esses municípios têm atraído investimentos graças a incentivos públicos e privados.
Diversidade ameaçada na piscicultura local
Mesmo com o sucesso da tilápia, o setor enfrenta desafios. A queda na criação de peixes nativos preocupa técnicos e produtores locais.
A perda de diversidade reduz a competitividade e a resiliência do setor. Manter espécies como pacu e pintado é essencial para garantir um mercado mais amplo e sustentável.
O futuro da piscicultura sul-mato-grossense dependerá do equilíbrio entre produção intensiva e preservação ambiental. Investir em políticas para espécies nativas será decisivo nesse processo.