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Produtores de Florestas do Paraná Podem Ganhar com Compensação de Carbono

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Produtores de florestas do Paraná podem lucrar com nova lei que exige compensação de carbono para importações europeias.
Produtores de Florestas no Paraná Podem Lucrar com Compensação de Carbono

Produtores rurais do Noroeste do Paraná, com potencial para compensação de carbono em suas áreas, podem ser beneficiados por um novo projeto de lei, proposto pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) na Câmara Federal. A iniciativa vem em resposta a uma regulamentação da União Europeia que, a partir de 31 de dezembro de 2024, proibirá a importação de produtos agrícolas de áreas que passaram por desmatamento florestal após 2020, incluindo desmatamento legal. A deputada propõe que, em contrapartida, as importações de produtos europeus só sejam permitidas no Brasil mediante compensação de carbono, realizada através da compra das CPR Verdes, emitidas por produtores nacionais.

Segundo a proposta, as CPRs Verdes (Células de Produto Rural Verde) recompensariam produtores que conservam florestas e ajudam a mitigar o carbono, dando a eles um retorno financeiro pelo serviço ambiental. “A Europa exige preservação de florestas, mas nosso projeto permite que essa conservação seja valorizada financeiramente. Assim, os produtores são beneficiados e nossas florestas também”, comenta o engenheiro agrônomo João Berdu.

Como Funciona a Compensação de Carbono

Para Berdu, as CPRs Verdes representam uma alternativa eficaz para que produtores sejam remunerados pela preservação ambiental, especialmente em áreas de florestas nativas. Ele questiona, porém, se a imposição europeia de restrições não visa também a dificultar a exportação de produtos brasileiros. “Se a preocupação é realmente ambiental, a legislação traz uma solução viável e justa. Se não, pode ser uma barreira velada contra nossos produtos”, observa o agrônomo.

Cruzeiros Europeus e Emissão de Carbono

Berdu também ilustra como serviços europeus que operam no Brasil, como cruzeiros turísticos, poderiam contribuir para a compensação de carbono no país. Ele aponta que um acréscimo de menos de 1% no custo dos roteiros de cruzeiros poderia viabilizar uma compensação de R$283,00 por hectare de floresta preservada ao ano para os produtores locais, ampliando os benefícios do projeto de lei.

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