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Renovação de Acordos é Crucial para Exportação da Carne de Frango

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Acordos de exportação visam manter a carne de frango brasileira no mercado externo, mas desafios persistem.
Acordos de exportação visam manter a carne de frango brasileira no mercado externo, mas desafios persistem.

O esforço do governo brasileiro para renovar os acordos de exportação que restrinjam embargos apenas aos focos de doenças como a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) e a Doença de Newcastle é essencial. Essa estratégia visa manter o fluxo normal de fornecimento da carne de frango ao mercado externo. Contudo, não garante a preservação dos mercados atuais, pois exportadores que também enfrentaram problemas semelhantes estão gradualmente reocupando os espaços temporariamente perdidos.

A análise da evolução das importações das Filipinas ilustra bem essa situação. Segundo dados do USDA, o Brasil é o principal fornecedor de carne de frango para o país asiático. Entre janeiro e julho do ano passado, a carne de frango brasileira representou 56% do total importado pelas Filipinas, somando mais de 143 mil toneladas. Isso colocou o Brasil como o sexto principal cliente no setor, de acordo com a SECEX/MDIC.

Em 2024, as Filipinas mantêm a mesma posição no ranking dos principais importadores de carne de frango do Brasil. No entanto, enquanto o país aumentou suas compras de outros fornecedores, o volume adquirido da avicultura brasileira está em queda. Assim, a participação do frango brasileiro naquele mercado caiu para menos da metade das importações filipinas, recuando cerca de 16,5%.

Essa retração nas compras recaiu exclusivamente sobre o Brasil, pois as exportações dos EUA, da União Europeia, do Canadá, da Austrália e do Chile aumentaram significativamente. O caso mais notável é o da União Europeia, cujas exportações para as Filipinas aumentaram quase 30 mil por cento. Isso ocorreu após a quase totalidade do embargo em 2023, devido aos casos de Influenza Aviária entre os países membros.

Os embargos estão sendo gradualmente retirados, não apenas pela redução dos casos, mas também pela renegociação dos tratados de exportação. Assim, a UE forneceu, no período analisado, o equivalente a um quinto das exportações brasileiras para as Filipinas.

Em suma, embora os registros da Influenza Aviária e da Doença de Newcastle estejam se tornando menos impeditivos, os exportadores precisam se esforçar para preservar os mercados existentes.

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