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Semana marcada pelo enfraquecimento da arroba do boi gordo

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O mercado brasileiro do boi gordo fechou a semana mantendo o viés de baixa nas praças brasileiras, um reflexo do aumento na oferta de fêmeas gordas, além de uma demanda doméstica pela carne bovina ainda bastante enfraquecida.

Segundo a Agrifatto, uma das razões para a maior oferta de vacas para abate neste momento é o atual processo de recuperação das pastagens naturais, o que tem acelerado o ganho de peso e facilitado a comercialização desse tipo de categoria.

“Como as fêmeas, vacas e novilhas atingem o peso ideal mais rapidamente que os machos, os frigoríficos vêm priorizando este tipo de produto, reduzindo, assim, a necessidade de compra de bois terminados”, justificam os analistas da Agrifatto.

Além disso, diz a consultoria, o avanço na disponibilidade de fêmeas é motivado pelo movimento sazonal de descarte das fêmeas que não emprenharam durante a última estação de monta.

Com isso, nesta sexta-feira, 31/1, com persistência da pressão baixista, o preço médio do boi gordo em São Paulo caiu para R$ 325/@ (média entre o animal “comum” e o “boi-China”), de acordo com os dados apurados pela Agrifatto.

Nas outras 16 regiões monitoradas diariamente pela consultoria, a cotação média do animal terminado cedeu para R$ 302,50/@.

“Cinco das 17 praças acompanhadas registraram desvalorização nos preços da arroba: SP, GO, MG, MS e PR”, informa a Agrifatto. As outras 11 regiões mantiveram suas cotações inalteradas, acrescenta.

Futuros também perdem força

No mercado futuro de quinta-feira (30/1), na B3, houve desvalorização em todos os contratos do boi gordo. O contrato com vencimento em março de 2025 encerrou o dia cotado a R$ 318,35/@, com queda de 1,67% sobre quarta-feira.

Escalas de abate têm leve avanço

Após algumas semanas de estabilização, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros voltaram a andar e fecharam a semana com 8 dias de programações preenchidas, na média nacional, de acordo com levantamento da Agrifatto.

A principal justificativa para esse aumento das programações, diz a consultoria, é justamente a maior oferta de fêmeas ao mercado.

Segundo a consultoria, as programações de abate em Goiás e Mato Grosso tiveram avanço de dois dias entre hoje (sexta-feira, 31/1) e a outra sexta-feira (24/1), fechando em 7 e 8 dias úteis, respectivamente.

Em Minas Gerais, as escalas registraram um acréscimo de 1 dia útil em relação à sexta-feira anterior, encerrando com 9 dias úteis.

No estado de São Paulo, também houve um avanço semanal de 1 dia nas programações, encerrando a semana com 8 dias úteis.

Em Tocantins, as escalas registraram recuo de 2 dias úteis, fechando a sexta-feira com uma média de 8 dias úteis.

Paraná e Pará também registraram recuo, ambos de 1 dia útil, e finalizaram a semana com programações de 6 e 7 dias de abate, respectivamente.

No Mato Grosso do Sul e Rondônia, por sua vez, as programações ficaram estáveis entre uma semana e outra, com escalas em 7 e 10 dias úteis, respectivamente.

Fonte: PortalDBO

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