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Azeite importado sem imposto preocupa olivicultores brasileiros

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A decisão da Camex de zerar a alíquota de importação do azeite de oliva gerou preocupação entre os olivicultores brasileiros, que reivindicam igualdade nas regras comerciais.

Renato Fernandes, presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), destaca que os produtores nacionais não são contra a redução da taxa, mas pedem condições justas para exportar. Segundo ele, o azeite brasileiro enfrenta barreiras e altas taxas nos mercados internacionais, enquanto os importados chegam ao Brasil sem a mesma fiscalização rigorosa.

Setor busca apoio político

Para reverter essa situação, olivicultores estão se mobilizando junto a deputados federais para um encontro com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Parlamentares como Alceu Moreira, Pedro Westphalen e Afonso Hamm já solicitaram uma reunião para discutir o impacto da medida e possíveis soluções.

Fernandes ressalta que a isenção do imposto pode desestimular a indústria nacional, além de abrir caminho para azeites de qualidade duvidosa no mercado. Ele alerta que muitos produtos importados são classificados como extravirgem, mas não passam por uma fiscalização adequada.

Fraudes no azeite preocupam produtores

O Ibraoliva reforça a necessidade de medidas contra adulterações no azeite vendido no Brasil. De acordo com Fernandes, mais da metade dos azeites importados possuem classificação irregular, mascarando defeitos sensoriais causados por armazenamento inadequado ou matéria-prima de baixa qualidade.

A única forma de coibir essa prática, segundo o dirigente, é com análises laboratoriais mais rigorosas por parte do Ministério da Agricultura. Sem essa fiscalização, consumidores podem ser enganados por rótulos que não condizem com a verdadeira qualidade do produto.

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