O fraco escoamento da carne bovina no Brasil mantém cortes nobres acumulados nos frigoríficos e atacados. Essa baixa demanda impacta diretamente o mercado do boi gordo, que segue sem grandes negociações.
Segundo a consultoria Agrifatto, a venda de carne desossada no atacado caiu drasticamente, e as indústrias tentam reduzir ainda mais os preços da arroba. No entanto, pecuaristas estão resistentes e evitam vender seus animais abaixo do esperado.
Cotações do boi gordo seguem estáveis
Mesmo com a pressão dos frigoríficos, os preços do boi gordo permaneceram inalterados no dia 14 de março. O boi gordo “comum” segue cotado a R$ 300/@ em São Paulo, enquanto o “boi-China” vale R$ 310/@. Em 16 outras regiões monitoradas pela Agrifatto, a média ficou em R$ 286,90/@, sem variações significativas.
Escalas de abate sofrem redução
A baixa liquidez do mercado resultou na diminuição das programações de abate nos frigoríficos brasileiros. Em média, as escalas fecharam a semana com sete dias, um dia a menos que o registrado na semana anterior.
Minas Gerais teve a maior redução, com dois dias a menos nas programações, que agora atendem, em média, sete dias úteis. No Norte, Pará e Tocantins reduziram um dia útil, ficando com médias de cinco e seis dias, respectivamente. Paraná e Mato Grosso do Sul seguiram a mesma tendência, encerrando com sete dias de escala. Já Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Rondônia mantiveram os mesmos níveis da semana passada.
