A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) apresentou, na última terça-feira, as diretrizes que devem nortear o Plano Safra 2025/2026.
O foco está em criar um modelo de financiamento mais seguro, eficiente e sustentável para a agropecuária brasileira. A FPA também reforça a importância de ampliar os recursos públicos e fortalecer o seguro rural.
Além disso, a entidade propõe uma política agrícola de longo prazo, que garanta mais previsibilidade ao setor.
Plano Safra precisa de mais recursos e menos burocracia
Hoje, o Plano Safra enfrenta desafios como orçamento limitado, excesso de burocracia e dependência do Tesouro.
A estimativa para a próxima safra é de que o crédito necessário atinja R$ 1,3 trilhão. Deste total, R$ 599 bilhões viriam do Plano Safra.
Entre as principais reivindicações da FPA está o aporte de R$ 25 bilhões para a equalização de juros.
Outro ponto importante é a destinação de 1% do valor total do plano para o seguro rural. Isso significa cerca de R$ 5,99 bilhões.
Seguro rural e planejamento plurianual são prioridades
Diante das perdas causadas por eventos climáticos extremos, a FPA defende o reforço ao seguro rural.
A criação de um Fundo de Catástrofe também está entre as propostas para proteger os produtores.
A entidade quer, ainda, uma política agrícola plurianual, inspirada na Farm Bill americana.
Segundo o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion, esse tipo de planejamento traria mais segurança e estabilidade para o setor agropecuário.
Medidas estratégicas propostas pela FPA
A FPA listou seis prioridades centrais para o novo Plano Safra:
- Fortalecer o seguro rural
- Garantir continuidade do crédito
- Criar fontes de financiamento sustentáveis
- Ampliar a equalização de juros
- Melhorar o ambiente regulatório
- Reforçar as garantias de preços ao produtor
Lupion também destacou que o setor agropecuário precisa ser tratado como política de Estado. Segundo ele, o agro não pode ser afetado por disputas ideológicas.
Pacote de medidas busca modernização e segurança
As propostas da FPA incluem:
- Modernizar o Manual de Crédito Rural
- Ampliar o uso de Fiagros e exigibilidades bancárias
- Incentivar práticas sustentáveis com juros reduzidos
- Facilitar o acesso ao crédito para pequenos produtores
- Estimular a agricultura familiar com mais recursos ao Pronaf e Pronamp
- Criar regras para mais transparência nas operações bancárias
- Digitalizar processos e simplificar garantias
- Modernizar programas como InovAgro, Moderfrota e Proirriga
- Manter condições originais em renegociações de dívidas
As propostas serão protocoladas nos próximos dias e marcarão o início das negociações com o governo federal.