O relatório de Custo de Produção Agropecuária de Mato Grosso para 2024, que abrange os sistemas de cria, recria/engorda e ciclo completo, revela que o custo operacional efetivo (COE) do sistema de cria foi de R$ 147,58/@, um aumento de 12,65% em comparação com o COE de 2023, que havia sido de R$ 131,01/@.
Esse aumento reflete principalmente o incremento nos gastos com suplementação e pastagem, além de outros custos que elevaram o indicador em R$ 16,57/@. No sistema de recria/engorda, o COE também registrou alta de 12,67%, subindo de R$ 197,34/@ em 2023 para R$ 222,34/@ em 2024. Esse crescimento é atribuído à escassez de gado de reposição, o que elevou o custo com a aquisição de animais. No entanto, o custo operacional efetivo do ciclo completo teve a menor variação.
No mercado, o boi gordo a prazo apresentou valorização, com ajuste semanal de 1,17%, sendo cotado em média a R$ 315,23/@, mantendo a sustentação dos preços. Já os frigoríficos reduziram a escala de abate em 18,91% em comparação com a semana anterior, com a média no estado ficando em 5,79 dias úteis, refletindo um aumento nas negociações.
O boi magro de 12@ registrou alta de 6,17% em relação à semana anterior, sendo cotado a R$ 339,74/@, devido à maior demanda pela categoria. O aumento no envio de fêmeas para o abate contribuiu para o recorde de abates no estado, com o maior volume de animais enviados para o gancho registrado em 2024.
Mato Grosso atingiu um recorde de abate de bovinos em 2024, com 7,35 milhões de animais enviados ao frigorífico, um incremento de 19,36% em relação ao ano anterior, segundo o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea). Outro destaque foi o aumento na participação de animais jovens (com menos de 24 meses), que avançaram 7,42 pontos percentuais em relação a 2023, representando 37,34% do total abatido no último ano, um recorde para a categoria.
Além disso, o envio de fêmeas para o abate aumentou em 23,62% no comparativo anual, com 3,47 milhões de cabeças no período. Isso fez com que a participação de fêmeas nos abates totais chegasse a 47,15%, o terceiro maior percentual registrado. Por outro lado, os machos totalizaram 3,89 milhões de cabeças, com um aumento de 15,81% em relação a 2023.
Fonte: O Presente Rural