A China carne bovina suspendeu a habilitação de 390 frigoríficos dos Estados Unidos, impedindo-os de exportar para o mercado chinês. O governo de Xi Jinping não renovou as autorizações, e ainda não há previsão de revalidação. A medida ocorre em meio à disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Impacto no mercado internacional
As autorizações de quatro frigoríficos expiraram em 19 de fevereiro, e as demais, em 16 de março. Atualmente, apenas 249 plantas americanas seguem habilitadas para exportação. Enquanto isso, os chineses renovaram autorizações para cerca de 70 frigoríficos de carne suína e de aves dos EUA.
Brasil segue líder na exportação
O Brasil, principal fornecedor de carne bovina para a China, conta com 67 frigoríficos habilitados. Porém, três unidades estão temporariamente suspensas devido a “não conformidades” identificadas em auditoria. O governo brasileiro espera ampliar sua participação no mercado chinês diante da nova restrição aos frigoríficos americanos.
Efeito sobre a demanda brasileira
Apesar do embargo aos EUA, especialistas afirmam que isso não resultará em um aumento imediato das exportações brasileiras. Os cortes de carne vendidos por americanos e brasileiros possuem diferenças, e não há informações concretas sobre o volume embarcado pelas plantas desabilitadas.
O cenário reforça o impacto das disputas comerciais na segurança alimentar global e destaca a posição estratégica do Brasil como fornecedor confiável para o mercado chinês.
