O governo federal decidiu não implementar o horário de verão este ano, conforme anunciado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após uma reunião com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Segundo o ministro, a atual condição hídrica do Brasil, embora modesta, é suficiente para garantir a segurança energética até o fim do verão.
Silveira destacou que, embora o horário de verão seja eficaz em determinadas circunstâncias, não há necessidade de sua adoção no momento. “Temos condições de avaliar a volta dessa política no futuro, especialmente para o verão de 2025/2026”, afirmou.
Avaliação Econômica e Energética
O ministro também ressaltou que a alternativa é adotado por vários países, principalmente por questões econômicas, como é o caso da França, onde a medida visa impulsionar a economia durante certos períodos do ano. No Brasil, no entanto, sua eficácia seria limitada se implementada agora, já que o período de maior benefício da medida é entre outubro e dezembro.
Introduzido em 1931, foi adotado de forma regular até 2019, quando foi suspenso pelo governo Bolsonaro, que argumentou que as mudanças nos hábitos de consumo tornaram a medida ineficaz. Este ano, o governo federal reconsiderou a adoção do horário de verão devido à severa seca enfrentada pelo país.
Opinião Pública Sobre o Horário de Verão
Pesquisas recentes mostram que a população brasileira está dividida quanto ao retorno do horário de verão. Segundo um levantamento do Datafolha, realizado em outubro, 47% dos entrevistados são a favor da medida, enquanto 47% se posicionam contra. Outro estudo, realizado pela Abrasel, apontou que 54,9% dos brasileiros apoiam a implementação da medida.
Embora o governo tenha optado por não adotar o horário de verão em 2024, a discussão sobre seu retorno permanece em aberto, com avaliação contínua das condições energéticas e econômicas do país.