As importações da China de carne bovina devem aumentar 14,8% em 2025, superando a média dos últimos cinco anos, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). O crescimento previsto é de 1,32% em relação a 2024, com um adicional de 50 mil toneladas.
Em 2024, o Brasil manteve a liderança no fornecimento de carne bovina para o mercado chinês, respondendo por 46,43% das importações totais do país asiático. Esse cenário fortalece a China como grande impulsionadora da demanda global, aumentando a concorrência entre os principais exportadores.
Impacto do conflito comercial entre EUA e China
A possível suspensão das compras de carne bovina dos Estados Unidos pela China, ainda não confirmada oficialmente, pode impactar o mercado global. Caso ocorra, haverá uma redistribuição dos fluxos comerciais, especialmente para cortes de maior valor agregado.
Em 2024, os EUA exportaram 138,15 mil toneladas de carne bovina para a China, representando 4,85% do total importado pelo país asiático. Se o Brasil absorvesse todo esse volume, suas exportações cresceriam 5,16%, um aumento expressivo frente à média mensal de 213 mil toneladas.
Porém, esse cenário é improvável, pois a China mantém preferência por carnes de padrão premium. Além dos EUA, o país também importa cortes choice do Japão, reforçando essa exigência por produtos de maior valor agregado.
Em relação ao crescimento das exportações, Brasil e Austrália se destacam, enquanto a Argentina mantém um avanço consistente tanto em comparação à média histórica quanto ao volume exportado em 2024.
Principais fornecedores de carne bovina para a China em 2024:
📌 Brasil: 46,43%
📌 Argentina: 20,71%
📌 Uruguai: 8,46%
📌 Austrália: 7,61%
📌 Nova Zelândia: 5,26%
📌 EUA: 4,85%